DIAMANTE OU BRILHANTE? QUAL A DIFERENÇA?

DIAMANTE OU BRILHANTE? QUAL A DIFERENÇA?

Tratar os termos “diamante” e “brilhante” como sinônimos é um engano bem comum entre pessoas pouco familiarizadas com o mundo das joias, gemas, etc. A diferença é simples:

  • Diamante é a gema criada pela natureza pela cristalização do carbono puro através de altíssimas pressões e temperaturas durante milhões de anos.
  • Brilhante é a lapidação com 57 facetas (ou 58, se contarmos a pequena faceta inferior chamada culet ou culaça), desenvolvida para a potencialização máxima do brilho da gema.

Logo:

  • “Diamante” é uma pedra e “brilhante” é um tipo de lapidação;
  • Um brilhante nada mais é do que um diamante lapidado;
  • Todo brilhante é um diamante, mas nem todo diamante é um brilhante.

 

De qualquer forma, esta é, na minha opinião, uma confusão mais do que compreensível, pois a lapidação considerada padrão para diamantes (mas que pode e é empregada também em outras gemas), é a brilhante. Com aproximadamente 70% da produção de diamantes sendo lapidados como brilhantes, os mais vendidos no mundo, os agentes do mercado de joias encurtaram a expressão “diamante redondo com lapidação brilhante” para o termo “brilhante”. Como isso virou um hábito, muitas pessoas assumiram que eram sinônimos.

Mais sobre a lapidação brilhante:

 

  • Não há um “inventor” oficial desse tipo de corte, mas um lapidário de Veneza chamado Vincenzo Perruzzi é muitas vezes mencionado como aquele que introduziu esse corte entre as diversas formas de lapidação no século XVII.
  • Autores garantem, porém, que o corte moderno brilhante é resultado de trabalho de vários profissionais do final do século XIX e início do século XX, com destaque para Henry Morse e Marcel Tolkowsky. Estudos práticos e cálculos teóricos foram realizados para se chegar às proporções ideais que garantissem o melhor equilíbrio de dispersão, brilho, cintilação.
  • Considerado até hoje o mais belo tipo de lapidação para diamantes por potencializar e evidenciar o brilho, possui as 58 facetas simétricas e dispostas em ângulos que não podem variar em mais de meio grau. O número de facetas influencia diretamente nas características óticas da pedra, responsáveis pela reflexão da luz e pelo brilho da gema!
  • Outros nomes para esse corte são “lapidação completa”, “full cut”, “abrilhantada” e “lapidação Amsterdam”. Diamantes (e gemas em geral) podem ser lapidados em outras formas como gota, navete, baguete, coração, etc. O formato coração costuma ser o mais caro pois perde-se muito da pedra na lapidação pela quantidade de ângulos.
  • A particularidade de gemas de cor, porém, é que as proporções ideais da lapidação brilhante são “menos importantes”, uma vez que os lapidários precisam atentar mais à cor e não tanto à maximização do brilho ou dispersão. O estilo de corte brilhante é bem flexível e aplicado atualmente a uma variedade de formas diferentes da redonda, como marquise, pêra, almofada e coração.
A verdade é que amamos os dois: tem muito espaço tanto para brilhantes quanto para diamantes em nossos corações haha 💎
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