O termo quilate é largamente utilizado na joalheria por dizer respeito a diamantes e pedras preciosas e também ao ouro. Desperta dúvidas, porém, por representar uma unidade de peso no caso das pedras e unidade de pureza quando refere-se ao metal precioso.
Logo, quilate é :
- uma unidade de peso para diamantes e demais gemas preciosas (abreviada por ct)
- uma unidade de pureza para ouro (abreviada por K)
Um quilate (peso para gemas) é igual a 1/5 de grama, ou seja, 200 miligramas (0,200 grama, o que equivale a dizer que 1 grama = 5 quilates). Essa unidade de massa foi adotada em 1907 na Quarta Conferência Geral de Pesos e Medidas. Como é raro que um diamante alcance o peso de 1 ct, convencionou-se, para a medição de pedras menores, que cada quilate equivale a 100 pontos (de 2 mg cada). Dessa forma, quanto maior a pontuação da gema em pontos ou ct, mais valiosa ela é.
Quando se refere ao ouro, porém, o quilate é uma unidade de pureza. Ouro 24 quilates é ouro puro (também conhecido como “ouro fino”). Cada quilate indica 1/24 do todo. Se uma joia é feita de metal que tem 18 partes de ouro e 6 partes de cobre ela é de ouro 18 quilates. Como vimos no outro post sobre ouro, ele é geralmente misturado com metais como o cobre ou prata para fazer joias, porque o ouro puro é muito mole.
Neste caso, o quilate é, então, a razão entre a massa de ouro presente e a massa total da peça, multiplicada por 24, sendo cada unidade de quilate equivalente a 4,1666 % em pontos percentuais de ouro do total e a pureza do metal é expressa pelo número de partes de ouro que compõem a barra, pepita ou joia.
Origem do termo “quilate” e do sistema:
Autores atribuem a origem do termo quilate à Grécia Antiga, quando sementes de alfarroba (acácia) eram comumente utilizadas como contrapesos em balanças manuais devido ao seu tamanho e volume uniformes. Chamadas de “keration”, que significa “chifre” na língua milenar, as sementinhas, então, foram designadas pelo seu formato. Por conta da influência do grega nas demais culturas, “keration” deu origem à “qirat”, que em árabe tem diversas derivações, todas relacionadas a medidas. Nos tempos modernos, “quirat” acabou virando “carat”, terminologia utilizada até hoje.
Esse sistema de medição se originou com um moeda medieval chamada marco. Nessa época, quilate era a medida usada para pesar pedras preciosas, e deveria ser igual ao peso de uma semente da árvore de alfarroba. Um marco pesava 24 quilates (4,8 g). Como o ouro puro não podia ser usado para produzir as moedas porque era muito mole, adicionava-se cobre ou outro metal para produzir a moeda. O valor da moeda era, então, medido em quilates, ou a quantidade de ouro que havia nela.
No século 20, mais precisamente em 1913, os diamantes passaram a ser avaliados por uma medida universal chamada “quilate métrico”, que possui valor semelhante ao da ultrapassada semente de alfarroba. No mesmo ano, nos Estados Unidos, o quilate foi estabelecido como medida de pureza do ouro.
Mais claro? 